sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

SENTIMENTO NÃO TEM TEMPO - PARTE I


Quantas vezes você já discutiu com o seu chefe, mas não conseguiu evitar o sentimento de raiva provocado pelos comentários negativos dele em relação ao seu trabalho? E posteriormente ficou remoendo esse sentimento e tendo pensamentos do tipo: “Ele é um idiota” ou “Ele não sabe o que fala”?
Quantas vezes você já deu bronca em seu filho, mas não conseguiu evitar o excesso em suas palavras e acabou magoando-o? E então, ficou com um sentimento de culpa que resultou na compra de brinquedos ou doces em uma tentativa de amenizar ou fazê-lo esquecer de suas duras palavras?
Quantas vezes você já brigou com a sua namorada ou namorado, esposa ou marido, e pensou que estava tudo resolvido, quando de repente, o assunto voltou à tona, gerando uma explosão emocional de choro ou raiva nele(a) e você não conseguiu identificar o motivo de tanto escândalo ou exagero? Mesmo assim, depois de ter vivenciado essa situação, você ainda acredita que relacionamento não precisa de atenção, dedicação ou trabalho com muito esforço? E que devemos aprender a se relacionar com o outro na “raça”?

Vivenciamos essas situações em nosso cotidiano e, geralmente, passamos por elas sem dar-lhes a devida importância. Na primeira situação, com o chefe, as emoções foram sufocadas. Na segunda entre pais e filhos, as emoções são vivenciadas com desequilíbrio. E na terceira entre os casais, as emoções foram ignoradas. Todas essas reações aos sentimentos são igualmente prejudiciais à saúde.
É preciso reconhecer que não há como evitar ou eliminar os sentimentos, pois esses aparecem de uma forma ou de outra. Eles sempre existirão e se não soubermos lidar com os mesmos de uma maneira construtiva teremos grandes chances de nos tornar pessoas infelizes, improdutivas e doentes.
Vivemos em uma sociedade que tenta abafar os sentimentos, parece que existe uma placa invisível em todas as ruas, prédios e casas com a seguinte frase: SENTIR NÃO É PERMITIDO. É a ditadura da racionalização! Somos ensinados a desconsiderar os sentimentos desde crianças. As famílias e escolas estão preocupadas somente com o desenvolvimento da inteligência racional dos seus filhos e alunos e se esquecem de ensiná-los a serem também pessoas inteligentes emocionalmente.

Segundo Hendrie Weisinger, psicólogo clínico e autor de vários livros sobre a inteligência emocional, “um dos componentes da inteligência emocional é a capacidade de perceber, avaliar e expressar corretamente suas próprias emoções e as dos outros” (Weinsinger, 1997, p.15).

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